sábado, setembro 26

Petistas históricos começam a buscar saída para futuro político

Dois eventos recheados de simbolismo aconteceram esta semana, com desfechos diferentes e motivos idênticos: a sobrevivência política.
No meio da semana o deputado Alessandro Molon, do Rio de Janeiro, anunciou a desfiliação do PT para ingressar na Rede Sustentabilidade, que finalmente foi legalizado esta semana.
Sem a menor noção do que falam, petistas raivosos agrediram Molon sem pena nas redes sociais. Traidor era a palavra de ordem.
Já hoje a Senadora Marta Suplicy, nome histórico do petismo, entrou no PMDB recheando seu discurso de loucuras que nada tem a ver com a realidade: “Quero um país livre de corrupção e o PMDB é o meu lugar”.
Ao bradar que quer um país sem corrupção, segurando Renan Calheiros com a mão esquerda e tendo apenas Temer separando sua mão direita de Eduardo Cunha, fosse este país um lugar para ser levado a sério, Marta poderia ser internada em algum hospício por estar delirando por completo.
Independente das falas dos dois, o fato é que deu início a debandada pela sobrevivência política longe do petismo.
Ninguém em são consciência acha que existe futuro para o Partido dos Trabalhadores. Por mais que a política seja capaz de reinvenções espetaculares, a desintegração da imagem do partido parece forte demais para qualquer retomada de poder. Por mais que a tragédia do Governo Dilma parece ocasional, a Lava Jato mostrou que o partido fez tudo aquilo que disse que não faria no passado. Não importa que os outros fizeram, mas sim que o PT se elegeu para fazer diferente.

Os primeiros sinais de desintegração de qualidade de quadros já estavam dados. Basta verificar que o Líder do PT na Câmara é Sibá Machado, deputado defensor da Telexfree e que virou motivo de piada ao insinuar que a CIA estava por trás dos protestos no Brasil. No vídeo acima podemos ver que Sibá virou motivo de chacota entre seus pares.

Outros quadros do PT deverão fazer o mesmo caminho de Molon e Marta. Para quem depende de voto de opinião, não realizar esta travessia é praticamente o suicídio político. Molon tenta se abraçar ao histórico ético de Marina Silva, já Marta se agarra ao tempo de TV do PMDB para se eleger Prefeita de São Paulo. O imponderável é como se comportarão os eleitores destes parlamentares, já que a história foi construída junto com o partido. Em alguns casos, como o da própria Marina Silva, houve crescimento político, mas em outros o eleitorado não entendeu bem a troca partidária.

A verdade é que o PT não apenas caducou como não soube se renovar. Poucos são os bons quadros novos do partido, e por uma infeliz coincidência estão localizados em São Paulo (como Haddad e Padilha), que é o local onde a rejeição ao PT alcançou um nível inacreditável.

Em relação ao PT, aparentemente no fim só sobrarão aqueles que realmente estão entranhados na máquina partidária ou inaptos como Sibá Machado.

A esquerda vai penar para se levantar, mas terá que se reorganizar de outra forma a partir de 2018, ou mesmo antes disso.

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