terça-feira, agosto 6

Assassino do radialista F. Gomes é condenado a 27 anos de prisão no RN

Fonte G1
Julgamento de João Francisco, o 'Dão', foi concluído nesta terça-feira (6). Crime aconteceu em outubro de 2010; cinco réus ainda serão julgados
João Francisco dos Santos
Assassino do radialista F. Gomes é condenado a 27 anos de prisão no RN Julgamento de João Francisco, o 'Dão', foi concluído nesta terça-feira (6). Crime aconteceu em outubro de 2010; cinco réus ainda serão julgados.

Do G1 RN

O mototaxista João Francisco dos Santos, mais conhecido como 'Dão', foi condenado nesta terça-feira (6) a cumprir 27 de prisão em regime fechado pela morte do radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes, assassinado a tiros na noite de 18 outubro de 2010 na cidade de Caicó, região Seridó do Rio Grande do Norte . A sentença foi lida pelo juiz Luiz Cândido de Andrade Villaça, que presidiu o júri popular. Foram dois dias de julgamento.

Dão pegou pena base de 25 anos e seis meses pelo assassinato. O juiz ainda acrescentou à pena um ano e meio pela resitência à prisão. Além disso, o mototaxista foi condenado a pagar R$ 300 mil à família de F. Gomes.

O juiz Luiz Villaça avaliou como "tranquilo" o júri. "O povo de Caicó, mais uma vez, deu provas de urbanidade e de educação. O júri foi extremamente tranquilo. A meu ver, a sentença dada por mim ao condenado corresponde ao que a população caicoense queria", falou ao G1 .

O comerciante Lailson Lopes, mais conhecido como 'Gordo da Rodoviária', que também deveria ter sido julgado, teve o júri cancelado porque a advogada Maria da Penha Batista de Araújo abandonou a defesa do acusado logo após o início da audiência. A advogada alegou foro íntimo para deixar o caso. Pela renúncia, ela foi multada em 50 salários mínimos. Um novo júri ainda será marcado.

 radialista Francisco Gomes de Medeiros, o F. Gomes

As denúncias

O Gordo da Rodoviária e Dão foram denunciados, respectivamente, por autoria intelectual e material do homicídio. O mototaxista, réu confesso, admitiu ter puxado o gatilho. Já o comerciante, nega ter qualquer envolvimento no crime.

Preso um dia após a morte do radialista, Dão cumpria mandado de prisão preventiva na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, para onde foi reconduzido ao final do júri. Ele deixou o plenário do Fórum Amaro Cavalcante sem dar declarações à imprensa.

A delegada Sheila Freitas, que concluiu as investigações, falou sobre o assassino logo após finalizar o inquérito policial. Segundo ela, “Dão é um sociopata. Para ele, matar é a coisa mais comum do mundo. Ele viu a mãe se morta pelo padrasto quando criança. Daí essa frieza dele”.

Outros indiciados

Os demais acusados - o advogado Rivaldo Dantas de Farias, o ex-pastor evangélico Gilson Neudo Soares do Amaral, o tenente-coronel Marcos Antônio de Jesus Moreira e o soldado da PM Evandro Medeiros - ainda aguardam sentença de pronúncia, procedimento em que o juiz decidirá se eles também sentarão no banco dos réus ou não. Todos negam.

O tenente-coronel, o soldado e o advogado aguardam a sentença de pronúncia em liberdade. O único que está preso é o ex-pastor, que cumpre pena por tráfico de drogas em Pau dos Ferros.

O soldado Evandro foi o único denunciado por homicídio simples - já que ele foi apontado apenas como o guardião da arma usada para matar o radialista. Se for levado a júri popular e condenado, sua pena pena pode variar de 6 a 20 anos de cadeia. Para os outros (todos denunciados por homicídio triplamente qualificado) a pena é mais rígida e vai de 12 a 30 anos de prisão.

Segundo o promotor criminal Geraldo Rufino, foram levados em consideração três agravantes: motivo fútil, emboscada e morte mediante promessa de recompensa.

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