sexta-feira, agosto 9

Sem negociação, professores entram em greve na segunda

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O Sindicato dos Servidores em Educação do RN (Sinte/RN) confirmou a deflagração da greve para a segunda-feira, 12, quando será realizada a Assembleia Geral da categoria da rede estadual. A reunião acontecerá às 8h30 na Escola Estadual Wiston Churchill, na Cidade Alta. Para o início da greve, o sindicato alega frustração nas negociações com o Governo do Estado.

A pauta de reivindicações tem nove pontos, entre os quais o pagamento das horas de trabalho excedente aos professores, pagamento da carga suplementar e das gratificações dos diretores e vice-diretores, cortada no mês de julho, e pagamento aos professores recém ingressos que estão sem receber – alguns desde fevereiro de 2013 e outros há 3 meses.

Além disso, o Sinte cobra o compromisso da secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, na atualização e pagamento da tabela salarial devida desde 2011, pagamento de direitos funcionais aos servidores, o que está previsto no Plano de Carreira, oferta de formação prevista em lei, pagamento correto do Pasep, concessão de licenças, pagamento de quinquênios e aposentadorias a serem concedidas dando direito ao funcionário aguardar, sem comparecer ao local de trabalho, desde que tenha idade e tempo de contribuição.

Outra reivindicação é a implementação imediata do planejamento para quem está em sala de aula. A direção do SINTE tem orientado os professores que a implantação da hora atividade ou planejamento não seja feita com pedaços de tempo escolar. A orientação é que seja feita em um turno de trabalho, em um dia da semana. Segundo o Sindicato, a portaria editada pela Seec, no último dia 24 de julho, não garante isso, vez que está faltando professores nas escolas.

Os professores reivindicam ainda o encaminhamento imediato do projeto de lei para promoção de duas letras que correspondem a 10% e a garantia negociada com a Assembléia Legislativa do pagamento imediato; bem como o pagamento de 0,26% para professores/educadores da ativa e aposentados decorrente da consolidação do piso salarial com efeito retroativo a janeiro de 2013.

O Sinte/RN também quer a reforma e manutenção das escolas. De acordo com o Sindicato, em levantamento realizado em 306 estabelecimentos de ensino o maior problema é a precária estrutura física das unidades escolares. O levantamento indica que 94,6 % das escolas estão comprometidas.

Polícia Federal divulga parte das armas apreendidas com suposto grupo de extermínio

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Ainda não chegou ao fim a Operação Hecatombe, onde a Polícia Federal prendeu 17 pessoas acusadas de integrarem um grupo de extermínio responsável por, pelo menos, 22 crimes.
Quatro acusados, com mandados de prisão expedidos contra eles, continuam foragidos e a PF continua à procura dos mesmos.

Hoje a Polícia Federal divulgou as imagens de parte do armamento que foi apreendido em poder do grupo: 29 armas entre revólveres, pistolas, espingardas e um fuzil, de diversos calibres, além de mais de onze mil munições.

A Operação Hecatombe desencadeada pela Polícia Federal contou com apoio do setor de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública do RN.


Por Thaisagalvao

Alstom pagou US$ 20 mi em propina a partidos do Brasil, diz Justiça da Suíça

Recursos teriam chegado ao País por offshores para financiar políticos em troca de contratos no setor energético

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Dinheiro supostamente pago pela Alstom
teria sido destinado a Eletrobras e Furnas"


GENEBRA - A Alstom destinou mais de US$ 20 milhões em propinas ao Brasil e parte do dinheiro foi parar em cofres de partidos políticos. A constatação faz parte da investigação realizada pela Justiça suíça e foi obtida com exclusividade pelo Estado. Ontem, o jornal revelou como dez pessoas, entre elas os ex-secretários Jorge Fagali Neto e Andrea Matarazzo, foram indiciadas pela Polícia Federal por causa do esquema de corrupção da empresa francesa, desmantelado pela apuração na Suíça.

A investigação mostra que informes internos da Alstom revelam o esquema para ganhar contratos públicos no Brasil nos anos 1990. Neles, a empresa francesa indica o pagamento de propinas para financiar partidos. A constatação da Justiça de Berna é de que há "evidências claras de suborno" e até uma "tabela oficial" de propina no Brasil. O dinheiro foi destinado a diversos projetos de energia no Brasil, envolvendo Furnas, Eletropaulo, a Usina de Itá e outros empreendimentos.

Um dos depoimentos que marcam o caso é o de um colaborador do esquema, Michel Cabane, confirmando que a "Alstom e a Cegelec (subsidiária da Alstom) estavam trabalhando juntas para organizar uma cadeia de pagamentos para tomadores de decisão no Brasil". Havia até mesmo uma lista de nomes de brasileiros na empresa.

A Justiça suíça teve acesso a um comunicado interno da Alstom, de 21 de outubro de 1997. Nele, o então diretor da Cegelec Andre Botto escreveu que o dinheiro era propina. "Isso é uma política de poder pela remuneração", afirmou. "Ela é uma 'negociated' via o ex-secretário do governador (RM). Ela cobre - as finanças do partido - o Tribunal de Contas (do Estado) e a Secretaria de Energia."

A meta era cometer o que os suíços ironizaram como "um crime perfeito". Parte do dinheiro iria para os políticos, parte para o tribunal e parte para o secretário de Energia que daria os contratos.

Políticos. A Justiça suíça não citou partido, mas indicou que a participação política estava sempre presente. Naquele momento, o Estado de São Paulo era governado pelo PSDB.

RM seria Robson Marinho, conselheiro do TCE, que, depois de coordenar a campanha de Mário Covas em 1994, foi chefe da Casa Civil entre 1995 e 1997. O Ministério Público suíço revelou cada uma das transferências às contas de Marinho no banco Safdie em Genebra. O dinheiro chegaria via uma offshore uruguaia, a MCA.

Quem também é citado é Romeu Pinto Junior, indiciado como uma das pessoas que teriam organizado o pagamento de propinas por meio da MCA.

A investigação revela que, em media, 7,5% do valor dos contratos eram destinados ao pagamento de propinas. "De acordo com essas declarações, 7,5% e 1,13% dos contratos iam para a MCA, 3,1% para a Taltos e 0,6% para a Andros, 1,5% para a Splendore." Essas eram empresas fictícias criadas.

Outra empresa era a brasileira Alcalasser, pela qual teriam passado mais de 50 milhões. Em depoimento a autoridades francesas, o ex-diretor financeiro da Cegelec, Michel Mignot, confirma que a Alcalasser foi criada para pagar propinas. "Ela servia para as comissões", respondeu à Justiça. Seu superior, Yves Barbier de La Serre, ex-secretário-geral da Cegelec, também confirmou a "caixa preta".